quarta-feira, 4 de maio de 2011

Agora um assunto de extrema importancia : Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas vivendo em condições de extrema pobreza

Cerca de 4,8 milhões de brasileiros não têm qualquer tipo de renda

O Brasil tem 16,2 milhões de pessoas vivendo em condições de pobreza extrema, segundo dados do Censo 2010 divulgados pelo IBGE. Para que uma pessoa esteja enquadrada no conceito de pobreza extrema, ela deve ter renda mensal abaixo de até R$ 70, ou pouco mais de R$ 2 por dia.
Segundo o levantamento, o Nordeste é a região do país que mais sofre com o problema, concentrando 59,1% (9,61 milhões) dos brasileiros extremamente pobres, seguida pelo Sudeste, que detém 17%% (2,7 milhões). Dentre esses 16,2 milhões de habitantes na extrema pobreza, que correspondem a 8,5% da população brasileira, a grande maioria é negra ou parda, 53% vivem em área urbana e 46,7% são moradores do campo que, em muitos casos, exercem atividades baseadas na agropecuária de subsistência.
 

Os dados do Censo 2010 podem dar apoio à implementação do programa "Brasil Sem Miséria", que pretende, dentro de 4 anos, erradicar a miséria no País. Os eixos de atuação do governo estão na ampliação dos programas de transferência de renda e na subsequente melhoria dos serviços públicos e de inserção produtiva. Para tal, os projetos já existentes, como o Bolsa Família, devem ser combinados aos recém lançados Pronatec e Rede Cegonha, além de novas ações que devem ser apresentadas em breve.
"É um plano para todo o Brasil. Acreditamos que de fato será possível erradicar a extrema pobreza no governo da presidente Dilma. É uma meta ousada, um plano complexo, por isso é preciso o envolvimento de todo o país”, disse a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Teresa Campello.
Apesar de os dados serem preliminares, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirma que uma grande parte da população que se encontra abaixo da linha de pobreza já é beneficiária de programas de transferência de renda e inclusão social. Essas pessoas, no entanto, carecem de acesso a serviços públicos de qualidade, como os de educação, moradia, saúde e transporte.
Para efetuar o levantamento, o IBGE também levou em consideração outras fatores como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e energia elétrica. O Instituto considerou, ainda, o nível de alfabetização da população, fato que logo levantou a discussão sobre a polêmica questão das cotas raciais em universidades públicas e outros mecanismos de inclusão social, visto que, ainda de acordo com o estudo, 70,8% dos extremamente pobres são negros ou pardos.
Questão Racial
O debate sobre cotas raciais e políticas de inclusão social da população negra sempre se acentua quando indicadores sociais são divulgados. Em entrevista à MTV Brasil, Mariana Queen, coordenadora no Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo, lamentou os dados e disse:
"Esses números nos servem como base e apoio para mostrarmos o quão falacioso é o discurso que dissocia a desigualdade social da questão racial no Brasil. Quando isso se aproxima da educação, então, os abismos são ainda maiores. Se a dificuldade de acesso à serviços públicos, como a escola, já é grande entre os mais pobres do país; entre os mais pobres e negros a situação se torna muito mais crítica, haja vista à publicação 'Situação Mundial da Infância 2011', da UNICEF, que indica que um adolescente negro de 12 a 17 anos tem 42% mais de chances de estar fora da escola do que um adolescente branco da mesma faixa etária".
Bono VoxCoincidência, ou não, o anúncio do programa "Brasil Sem Miséria" ocorre menos de um mês após à visita de Bono Vox ao gabinete de Dilma Roussef, em Brasília.
O vocalista do U2 fez questão de se reunir com a presidente enquanto visitava o Brasil pela turnê "360º", que mobilizou cerca de 270 mil pessoas para assistir à apresentação da banda no estádio do Morumbi, em São Paulo. No gabinete de Dilma, Bono conversou sobre o combate à pobreza no país, enquanto presidente da fundação "One".

Site retirado: http://mtv.uol.com.br/

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